segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Hatful of Love

Oi! Espero que tu entenda que hoje a coisa toda vai ser meio simbólica, mais por falta de tempo (provas, provas e provas e culpa do paááixes e do volnei) do que por falta de vontade de escrever. Eu só queria não deixar passar em branco, já que pra mim cada dia 22 é especial, porque é quando eu vejo que toda nossa força está em pé, e cada vez mais firme. E mesmo que eu não poste todo dia 22, ou que eu simplismente não poste - haha-, tu sabe como eu gosto de te provar que eu te amo, todos os dias. E eu simplismente nunca vou deixar tu esquecer o quanto tu é importante e o quanto eu te amo. Ou o quanto eu fico emocionada com aquelas coisinhas bem bobas, mesmo depois de tanto tempo - como aquele dia que tu me deixou na fila do McDonalds sozinha e falou que ia até a Saraiva comprar um livro, e quando voltou me trouxe um cartão lindo, escrito "te amo pra sempre". E mesmo eu te xingando porque tu tinha gastado num cartão e porque eu estava braba com Deus e o mundo, tu continuava com aquele sorrisão. Tudo que eu consegui fazer foi te enxer de beijinhos. Droga, tu realmente conhece meu ponto fraco.
E não só essa como tantas situações. Eu só vejo coisas boas em nós dois, e quero que tu saiba que muito embora a gente brigue as vezes, ou que as coisas pareçam dificeis eu sempre vou te lembrar disso aqui:
"Não importa o que tenha acontecido, não importa se nos brigamos, discutimos,se tu ta triste ou eu to meio antipático hoje. Que por mais que tudo esteja de pernas pro ar, que o mundo pareça uma merda e não vale a pena viver, por mais que pareça que as estrelas nunca venham brilhar a noite… EU vou estar aqui sempre que tu precisar." E eu nunca vou esquecer!
FELIZ 11 MESES. Eu te amo!

Hello kitty e bolha (LOL)

sábado, 2 de outubro de 2010

sorte

"O que me amedronta é essa minha insistência em me enfrentar!"
(Martha Medeiros)
  *Tô tão sem tempo nessa próxima semana,que não sei se vou conseguir postar - provas bimestrais especificas.hihi
Apenas me desejem sorte!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A carta dela


"Frieza, indiferença. As vezes seria preferivel ouvir coisas tristes e duras de voce a nao escutar nada. E ao procurar uma expressão em voce, eu gostaria de encontrar algo que eu pudesse traduzir, e não tristeza subentendida-indecifravel. Lembra-te do que eu havia escrito sobre a trégua? Ai Martha Medeiros, talvez nem voce pra me ajudar agora - esqueci aonde ficou a minha relação calma mas ainda sei aonde fica o meu lugar de repouso - e o seu também.
Mas acredita, eu ainda acredito nisso. Acredito que todas essas brigas e tristeza sejam meras coincidencias que a convivencia diária e contínua nos traz. Acredita em mim quando digo que te quero bem, que todas as minhas cartas de amor ainda são pra ti e que eu te amo. Mas não fique queito diante disso. Porque a trégua nao vem do silêncio, mas vem da calmaria.
-Oi, tudo bem?
-Olá, tudo.
-Vem sempre aqui?
-Não. Vim só porque te vi."

E a resposta dele
"Eu te amo, me perdoa. Eu te quero acima de todas as coisas, eu só na sei mais modos de te demonstrar isso. Tudo que eu tento fazer nunca é com a intenção de te prejudicar, eu só quero teu bem do fundo do meu coração. Eu posso nao ser a pessoa mais crente do mundo, mas faz muito tempo que todo dia antes de dormir eu converso com o cara lá de cima, e meu monólogo é mais ou menos assim: "Ei cara, tudo bem? Espero que tu exista, e eu só vou te fazer um pedido: não deixa nada acontecer com ela. Muito grato desde já, ele."
Te amo, me desculpa."

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Sabe a melhor parte disso tudo? Que isso não é sonho, que existiu e que eu realmente vivi. E que a cada dia que passa, cada momento só me faz mais alegre. Te amo, durma bem. ( E sim, eu te desculpo! hihi)
E porque eu ainda não encontrei nada melhor do que você. E nunca vou encontrar.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

nosso partido não é um coração partido


"Eu gosto de dizer que te amo mesmo sabendo que pra ti já não é novidade, e gosto também quando sem ter a mínima dúvida disso tu ainda me perguntas. Eu gosto de saber que me amas do tamanho de um avião, de um transatlântico, do sol visto da metade de caminho e mais um quilômetro, pra não queimar.
Eu gosto de beijar teus olhos, sorrir pra ti sem ter motivo aparente e te ver sorrindo pra mim também sem motivo aparente pra quem vê de fora. Mas eu sei porque sorrimos. E tu também o sabes. Eu gosto de despertar pra te ver dormir, mesmo que tenha muito, mas muito sono: te ver descansar me faz descansar também, me enche de paz, me faz sentir como se o dia tivesse terminado da maneira mais correta que poderia terminar. Eu gosto de estar do teu lado, de andar ao teu lado, e de te abraçar pra nos proteger do frio.
Eu me sinto feliz contigo, a mulher mais feliz do mundo quando fechas os teus olhos e a tua voz diz todas as coisas que o teu corpo quer dizer, e que você sabe que eu adoro ouvir. Eu gosto quando sobre mim descansas, te recompões. Te abraço forte pra que sejas completa, beijo a tua testa pra demonstrar todo o meu carinho, te ofereço o meu peito pra que descansasses no teu sono e me sinto radiante assim.
Eu coleciono horas pasmando e olhando os teus olhos ora verdes, outrora castanhos e gravo o teu rosto na minha memória porque ainda vivemos dias que temos que aceitar a despedida.
Eu abracei as tuas costas e beijei a tua nuca, eu ouvi as tuas historias, teus pontos de vista, tuas conclusões. Eu leio teus livros e as tuas anotações de lápis me parecem mais interessantes do que a própria historia; eu me perco em ti.
Eu me apaixonei por ti, meu bem, e me apaixonei por todo o teu mundo.
Eu me sinto tranqüila porque o nosso partido não é um coração partido, e a nossa novela não é um dramalhão mexicano, cheio de dores e golpes, de mentiras, de malícias. E eu peço à sorte que os nossos ânimos nos conservem assim.
És a minha sorte, és o meu desejo de ser a melhor pessoa que eu possa ser, e também és pra mim a melhor coisa que tenho. Entraste em mim e curaste cada uma das feridas que de noite vinham transformar meu travesseiro em pedra.
Eu gosto tanto de saber que vivo em ti e tu em mim.
Eu gosto tanto de ti..."
Autor Desconhecido
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Para o amor da minha vida, meu namorado, Árthur.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Feito por alguém que amo para alguem que amo ainda mais.

"Pensei: porque não escrever sobre você? De repente, a dúvida pairou no ar: mas o que eu sei sobre você? Convivi contigo por 10 meses. (na verdade muito mais do que isso). Nesse meio tempo fui tua menina, fui tua mulher, tua professora, tua amiga e muitas vezes fui até tua mãe. E nesses muitos papéis, conheci várias das tuas faces, e surpreendentemente me apaixonei por cada uma delas, mesmo nenhuma sendo perfeita; mas percebi que é o conjunto que faz a perfeição. E eu te amo, amo essa perfeição imperfeita. Até quando comento tímida com alguém que você não conhece que o céu está lindo, eu te amo. Se fosse dizer que te amo toda vez que sinto vontade, perderia a voz.
Contudo, o amor não é como uma equação matemática onde tudo é exato, balanceado e calculado, até porque, acho sim, que às vezes dou trabalho. Porém, essa é a menor e menos significante parte do nosso relacionamento, relacionamento esse que me ensinou boa parte do que sei, do que valorizo: os meus sorrisos sinceros só são realmente sinceros porque você me ensinou o que é verdade; carrego estrelas no olhar porque, por mais clichê que isso possa parecer, você me ensinou a voar; com você eu me sinto tão... capaz. Me sinto importante, diferente e única. Do teu lado vi de perto tudo o que eu quis, me embebedei com os meus sonhos mais bonitos, teus olhos se tornaram o caminho para tudo aquilo que eu desejo alcançar. Depois de tudo, tu continua sendo minha vida, continua sendo o motivo de todos os meus sorrisos, e cada um que me escapa eu dedico a você.
Entre tantas escolas, entre tantas cidades, entre tantas pessoas, foi tu! Foi tu que apareceu no meu caminho, foi tu que fez meu coração bate mais forte, e em meio a tantas possiblidades não consigo imaginar outro motivo pra te ter na minha vida, que não seja pra me completar, pra me desvendar, pra me fazer feliz. E isso posso afirmar de peito estufado que tu conseguiu, porque se um dia tivemos problemas, não foi por falta de felicidade.

Presta atenção, ouve o nosso respirar... é verdadeiro! É verdadeiro e temos uma sorte gigantesca por isso. Pode parecer estranho ou precipitado, mas não quero ter a terrível limitação de viver apenas do que pode fazer sentido. Não quero interromper os carros passando apressados com amor. Quero só te amar, sem cotidiano. Quero te amar demasiadamente e me orgulhar disso, nesse tipo de amor que dura para sempre!"
Juliana Ortigara
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De uma das minhas escritoras favoritas, que soube transmitir com a maior doçura o que eu mais sinto.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

um balão, dois balões,

Não sei porque, não sei de onde, nao sei nem como e qual é o tamanho, mas o fato é que ela chega devagarzinho... E não é uma amiga, não é uma surpresa, não é uma boa notícia tampouco uma alegria repentina. Eu me refiro a um balão. Não aquele balão lindo, colorido e grande, das festas de criança, dos sorrisos. Mas o balão da parte ruim das minhas emoções, meio cinzento, meio-tom. E triste. Ele chega tao lentamente e vai me tomando tão aos pouquinhos, que logo de início, penso ser apenas um deslize bobo desse meu coração mais mole que manteiguinha na frigideira. Mas aí as coisas vão aumentando, as ideias tristes também, e voce começa a se perguntar o que há de errado com voce. De novo.
Pensa que está tudo bem, mas sabe que não está. As atitudes, as palavras, os gestos, todos começam a ser interpretados de uma maneira tão dúbia e contrária a normalidade que de repente até mesmo o tom mais grosso da voz começa a ser motivo de um choro longo...e daqueles em que as lágrimas apenas escorrem. A vontade, o estímulo e a empolgação passam a ficar tão pequeninos e escondidos que, seu unico desejo é seu fim, logo de cara, logo de vez. E o balão enxeu tanto, que estourou.
...mas parece que se ele não estourasse, não conseguiria mais seguir aqui. Então, fico feliz por ele estourar as vezes. E também existem as outras bocas, outros pulmões com mais fôlego que o seu que ajudam a assoprá-lo, que dizem pra você acordar e dar um basta nessa tristeza boba - graças a Deus. E em relação ao balão, logo aparece um outro. E a gente pode enxer ele de novo.

 p.s: balões do mickey são e sempre serão provocadores de sorriso. :)

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

também acho!

"LES AMOUREUX.


Isso pra mim é Amor:

Seres amantes, cúmplices, íntimos, apaixonados, encantados, encantadores, excêntricos,
ensandecidos, crentes, únicos, românticos, modernos, antiquados, vivos, deslumbrados,
alegres, confiantes, determinados, sensuais, ousados, criativos, lunáticos, maravilhosos,
dividindo cada minuto de Amor, apaixonadamente."
-também acho, também acho.

via Be Lins

domingo, 8 de agosto de 2010

só um pedacinho

"Lembro que uma vez você disse que "as segundas chances não valiam a pena, porque as pessoas não mudam" e eu sempre discordei. Não sei mais o que você pensa a respeito desse seu antigo pensamento, mas eu sempre acreditei nas segundas chances, talvez nas terceiras chances e até, quem sabe, nas quantas chances. E dessa vez, do fundo do meu coração meio arrebentado, eu acredito que tu mudou. Que tu liberou um pouco do lado maravilhoso que eu sempre consegui enxergar em ti, e que outras pessoas simplismente não conseguiam ver. Sabe, sei que moram muitas de "voce" aí dentro, e eu conheço várias delas. Talvez mais do que você imagine."



Deus, espero que dessa vez, eu acerte o pulo, já que eu já nem sei mais o que faço...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

but I promise,

i'll send you a letter,soon as I cant. I swear for god I will. - even if you dont care about the existence of one.




So, please wait a little while.

sábado, 19 de junho de 2010

oi saudade.

Não diferente de qualquer sábado, acordei hoje um tanto mais tarde e fiz o que a minha rotina banal de sábado me incita a fazer. Resolvi vir aqui, mas só porque me deparei com um texto que tirou toda a normalidade do meu sábado. Eu tinha até dado alguns sorrisos em função de comentários do meu pai, mas eles se foram quando eu resolvi ler todas aquelas orações reunidas que juntas formaram uma história tão diferente. E juro que li ela uma, duas, talvez três vezes, tentando interpretar de uma maneira diferente cada vez que li. E juro que as lágrimas cairam todas essas mesmas vezes. Dizem que quando a tristeza é demais, ela transborda pelos olhos. Nunca fez tanto sentido.
Podia não ser de um grande escritor, de um colunista famoso, mas confesso que o dom da escrita está no autor dessa história desde o dia em que aprendeu suas primeiras palavras. Um verdadeiro presente de seja lá que superioridade voce acredita. Se é que ainda acredita. Porque a história nao me fez derramar lágrimas por ser triste. Mas porque me fez ficar surpresa. E nostálgica, muito nostálgica.
Não posso contar que história li. Não posso nem contar direito o motivo da minha surpresa e admiração - ninguem entenderia de qualquer maneira. Só queria dizer que não há um dia que o passado não me venha a tona, que os momentos insistam em invadir minha pequena cabecinha sem pedir permissão alguma, não se importando se estou no meio da prova, do trabalho, do banho ou do sonho - se bem que no sonho, eu até gosto que eles entrem assim, sem avisar; mas isso já é outra história, bem distante.


"A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar." (Rubem Alves)
..mas será que ela quer mesmo voltar?

sexta-feira, 18 de junho de 2010

...from this moment.

"I do swear that I'll always be there. I'd give anything
and everything and I will always care. Through weakness
and strength, happiness and sorrow, for better, for worse,
I will love you with every beat of my heart.

You're the reason I believe in love
And you're the answer to my prayers from up above
All we need is just the two of us
My dreams came true because of you."







I will love you, I promise you this - I will love you as long as I live.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

just like twins

Só consigo me impressionar com tudo isso. Sempre achei que me impressionava fácil com a maioria das coisas, sou daquelas pessoas impressionáveis, meio deslumbradinhas com tudo, entende? Mas não tem como não me impressionar sabendo que mesmo tão longe, nós continuamos iguais, quase como gêmeas. Talvez eu rode o mundo todo e nunca mais ache alguem assim. Só queria dizer que, apesar do meu deslumbramento,e provavelmente diferente de voce, sinto saudades.

e la no fundo, num lugar bem fundinho mesmo, eu queria que voce também sentisse.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Exodus

"Tomo um remédio chamado Exodus. Um antidepressivo pra quem tem problema de pânico. Eu tenho problema de pânico. Por pânico entendo momentos em que tive a plena certeza de que iria desintegrar em praça pública, nua, e pessoas enviadas do inferno tirariam a minha pele com giletes podres para vender numa feira macabra. E eu estava apenas comprando pão na padaria ao lado de duas senhorinhas e uma criança.
Sim, eu tenho esse problema. Não tenho orgulho, mas também não tenho vergonha. Só acho, confesso, que susto pela vida não dá em gente besta. E eu sou bem esquisita mas definitivamente não sou besta. E apesar de viver dizendo que não, gosto pacas de mim quando consigo.
Não é sempre que a coisa dá, mas é como se fosse: o pânico é um eterno medo do primeiro pânico. Você passa inexplicavelmente mal (ou muito explicavelmente se quiser entender) uma vez e depois apenas convive com a certeza de que pode, uma vez que já pode, quase não morrer novamente. E de fato a coisa volta. E volta. E volta. E quando não volta, simplesmente está. Quem tem a coisa estranha, tem a coisa estranha sempre, a diferença é que quando estamos ou queremos estar bem, viver distrai. E pra mim, aprendi recentemente, viver é exatamente isso: se distrair do medo que dá pensar em viver.
Enfim, durante muito tempo não sai de casa sem minha cartelinha de Rivotril sublingual. Pra ir do quarto até a cozinha de casa eu levava uma no bolso. Mas as coisas melhoraram e eu simplesmente não tenho mais cartelinhas de Rivotril. Fiquei apenas com o Exodus, uma vez ao dia, 10 mg, depois do café da manhã. Há meses sem brigar com mamy, sem brigar no trabalho, sem brigar no trânsito, sem querer esfaquear mocinhos (a não ser quando eles realmente merecem), sem ter medo de velhinhas esquartejadoras na padoca da esquina. Não posso negar que o tal do Exodus me faz bem. Até a manhã de hoje, em que o danado do remédio simplesmente acabou sem o meu planejamento.
Tudo bem, algo aparentemente fácil de resolver. Era só ligar pra psiquiatra e pedir uma receita. Ligo, ela atende, celular falhando: “não estou no Brasil”. Tudo bem, fácil de resolver, era só ligar pra minha amiga pediatra. Ligo, ela atende “eu tenho uma receita médica com dois peixinhos dando um beijo, tudo bem?” Acho que não. Melhor não, né? Sei lá, tomar um remédio com nome de disco do Bob Marley já é humilhação suficiente, não preciso de uma receita com peixinhos apaixonados. Nem aceitariam, acho. Tudo bem, fácil de resolver, eu tinha que ter tomado o remédio às dez da manhã e já são duas da tarde, mas o que não me falta é amigo doido. Ligo pro V. Você vai ao psiquiatra hoje? Ele fica puto “por quê? Você acha que eu deveria?”. Não, esse tá pior que eu. Tento o K. Você tem algum amigo médico? Ele fica puto “pô, Tati, já te falei que se você quer um cara rico, mercado financeiro é muito melhor que hospital”. Não, eu quero uma receita, mas deixa pra lá. Tento meu ex namorado que trabalha num prédio com 45 psiquiatras, mas quando escuto a voz dele, começo logo a fazer piada nervosa e não me explico direito. Algo sobre uma receita, sobre um remédio, sobre o Bob Marley, sobre minha vagina. Perai, me perdi um pouco. Ele não entende, mas ri, e eu preciso mais do que nunca do Exodus acalmando meu sangue. E agora? E agora? Tento minha mãe, mas o que minha mãe tem a ver com isso? Nada. Mas por via das dúvidas eu sempre tento a minha mãe. Tento minha analista. Ela não atende. O mal de não ser louco de verdade é que meu tratamento nunca é VIP. Eu sou só uma esquisitinha mimada que esqueceu de pedir a receita do remédio do cagaço. Mas nada disso importa, eu preciso do remédio e pronto. Pra sentir a falta da química enjoando meu sangue e dando vazio no centro da minha cabeça ainda demoram três dias, mas psicologicamente falando, já estou tonta e com o coração disparado. Se eu pagar mil reais, será que o farmacêutico me vende?
Lembro de um leitor neurologista, que me escreve umas obscenidades de vez em quando. Me arruma uma receita, Fulano? Arrumo, mas você tem que vir pegar em casa, umas onze da noite. O Exodus tá valendo a prostituição? Não. Não tá. Então o quê? O quê?
Às sete da noite, depois de tentar todas as ideias possíveis (inclusive, comprar uma caixa deixando minha carteira de motorista na farmácia até conseguir a receita com a minha psiquiatra na próxima terça-feira) já estou engolindo cinco litros de água por minuto e tremendo mais que dependente de drogas (ops!). Ligo então para uma clínica ortopédica que fica em frente ao meu trabalho. Preciso ir aí agora, entende? Agora? Você fraturou alguma coisa? Sim, o cérebro. Preciso ir agora. O doutor Alê me recebe. Eu tenho vontade de abraçar o doutor Alê. Vou direto ao assunto: eu tenho lordose, escoliose, cifose e o dedão do meu pé pode ser seu mestrado em ossatura extraterrestre, mas eu vim mesmo porque preciso de uma receita de antidepressivo. É feio fazer isso, eu sei, mas muito mais feio é ter medo de gente na padaria, entende? Doutor Alê faz a receita pra mim, Exodus, 10 mg, duas caixas, me olha, sorri, amigo: “sabia que pra homem esse remédio funciona pra ejaculação precoce?” Pra mulher também, doutor Alê, ansiedade é um gozo tão prematuro de felicidade que parece tristeza. Mas eu chego lá."

(Tati Bernardi)

P.s: o chapéu nunca serviu tão bem... obrigado tati.

sábado, 15 de maio de 2010

the pursuit of happyness.



p.s: perdoem-me pelos dois posts no mesmo dia, mas o que está neste quadrinho é a mais pura verdade :)

Uma fração de segundo.

Você vai encher os
vazios com as suas
peraltagens
e algumas pessoas
vão te amar por seus
despropósitos.

[Manoel de Barros]


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Mas apenas algumas pessoas mesmo.. podemos contar nos dedos quem nos ama da mesma forma que os amamos.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Inverno dentro de mim.

Nós aqui do sul costumamos sofrer um tanto com a mudança de estação, principalmente quem mora na serra assim como eu, já que a mudança brusca de temperatura - característica do outono - aqui é ainda maior. O fato não é que eu busco falar do clima, eu tento falar do que se passa aqui dentro de mim. Tenho medo de falar assim, mas descobri que aqui dentro não houve mudança nenhuma: já era inverno dentro de mim há muito tempo. Não há mais nenhum raiozinho de sol e nem dias nublados; é só chuva há muito tempo. E eu já tentei abrir tantas vezes "meu guarda chuva" e, sem sucesso, resolvi abrir os braços e me deixar jogada às gotas de chuva, fossem elas grandes, pequenas, tempestades ou mera brisa.Confesso que as vezes até abre um solzinho assim meio cor-de-café, mas logo ele se fecha. E nesse meio tempo, alguma pouca gente tentou me abrigar de toda essa loucura... a todos esses meu muito obrigado, seja pelo tempo gasto, pelas palavras talvez ditas tantas vezes e de forma tão repitida, ou pelo simples gesto de carinho que tiveram comigo.
De agora até sabe se lá quanto tempo ainda vai durar toda esta estação dentro de mim, eu vou tentar abrir o guarda chuva sozinha, vou tentar procurar por um abrigo também sozinha, e vou deixar que a chuva me molhe apenas por brincadeira, para sorrir sem preocupação, assim como fazia quando criança. Alguma coisa aqui dentro diz que vai ser difícil, mas essa mesma coisa me faz continuar. Perder a confiança em si próprio nem sempre é o fim de nosso ser, é so uma forma de buscar um novo jeito de fazer verão dentro de si próprio.




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P.s: Obrigada por todo carinho passado nos comentários do ultimo post. Voces são muito doces! :)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

eu vejo

um novo começo de era
de gente fina, elegante e sincera
Perdão por esse jeito tonto de escrever assim, meio atrasado, meio como alguem que tenta passar algo que não conhece. Mas como foi páscoa e é um momento em que o pessoal costuma refletir um pouquinho, vale a minha tentativa de reflexão também. Já dizia Lulu Santos "que não há tempo que volte amor", então chegamos a uma palavra que sempre assustou, ao menos a mim: recomeços. Um outro jeito de ver os detalhes, que na essencia talvez sejam o mesmo de antes. Uma outra maneira de ver as coisas, esperar por outras pessoas, conhecer o diferente e inusitado, que tanto move o ser humano. Passei a querer um pouco mais depois de uma tonelada de desabafos e entradas em consultórios. Diria eu que recuperar o prazer e a vontade em fazer certas atividades cotidianas como tomar café ou caminhar é muito mais gratificante do que o prazer por si só, porque cada pequeno ato a mais tem sido uma pequena conquista, que eu comemoro internamente. E ainda falta muito, eu sei bem. Mas basta ter um pouquinho de fé e algumas tentativas incansáveis de sorrisos,mesmo que forçados - as vezes a gente tem que tentar convencer a nós mesmos de algumas mentiras que contamos pra tentar continuar...

"Não é preciso agendar, entrar em fila, contar com a sorte, acordar cedo para pegar senha: a possibilidade de recomeço está disponível o tempo todo, na maior parte dos casos. Não tem mistério, ela vem embrulhada com o papel bonito de cada instante novo, essa página em branco que olha pra gente sem ter a mínima ideia do que escolheremos escrever nas suas linhas.
O que é preciso mesmo é coragem para abrir o presente."
(Ana Jácomo)
[E eu tenho certeza de que em algum lugarzinho meu essa coragem está quietinha só esperando]

quarta-feira, 31 de março de 2010

It's not somebody who's seen the light.

Nós seres humanos - ou ao menos eu - temos esse costume horrivel de tentar levar a situação até um ponto em que já nao se aguenta mais. E quando as coisas se fecham e terminam, acontece que o sofrimento é duplicado, triplicado. Dizem que isso se chama crescer. Bom, eu não sei bem como se chama, só sei que foi nesses dias difíceis que tenho passado que percebi o quanto a gente se entrega, esperando só o afago e um pouquinho de entrega de volta, e ve que não era isso que se recebe/recebia. Que nesse tempo todo voce estava cercada de pessoas que talvez nao fizessem bem a voce,mas sua entrega era tamanha que não havia tempo para perceber o que estava errado: pra voce não havia nada incorreto em toda situação. Não sei também se isso chama ficar egoista de uma hora pra outra, mas acredito até que possa ser verdade, já que sempre fui alguem que priorizou os outros, independente da situação, da hora, do momento, de estar se sentindo bem ou não. Fiz muitas coisas esse ano apenas pra agradar a algumas pessoas, as vezes contra minha vontade e bem-estar, durante horas ou dias. E aquilo apenas ia acumulando toda a confusão que já estava dentro do meu coração. Acho que quando percebemos, já é tarde demais.
Sei que todos estamos em constante amadurecimento, em constante mudança, independente do ano, do mes, da situação. É a vida que nos obriga a ter certos tipos de mudança, por mais que alguem uma vez insistisse em me dizer que "as pessoas não mudam." Eu descobri, de uma das formas mais dolorosas que existem que elas mudam sim. Vejo isso todo dia no rosto da minha mãe preocupada, do meu pai nervoso, na voz da minha vó que não sabe o que fazer, no afago do meu primo que tentou inutilmente me recuperar. Mas mais do que em todos eles, vejo no meu olhar diariamente, quando tento me ajudar com todas as poucas forças que restaram em mim, e infelizmente volto a estaca zero, sem vontade, expectativa, objetivo, ou desejo nenhum dentro do meu ser.
É isso, sobrou uma tristeza seca e um fiapinho de vida dentro de mim, e só me resta me agarrar com tudo a ele.


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É tão facil dizer que a gente tem que reagir, bola pra frente, tentar de outra maneira, sair dessa... É tão facil dizer apenas que as coisas tem que mudar, que o medicamento que está em cima da sua mesa é pra ser tomado, que voce tem que se alimentar, que voce tem que voltar.. Nada tem sido tão frustrante quanto essa serie de acusações e de dias difíceis, que viraram semanas intermináveis, que se transformaram em um mes que é um inferno. Não há um só dia que as lágrimas não insistam, que alguma idéia ruim não venha me incomodar. Eu só quero tentar viver de novo.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Hoje não dá.

"E chega um tempo em que tudo cansa. Você cansa das mentiras que conta pras pessoas gostarem mais de você. Cansa das mentiras que conta pra si mesmo pra tentar melhorar um pouco a realidade de quem é que não te agrada. Cansa de ver o tempo passar e você mesmo não passar de um passado mal resolvido. Cansa de olhar em volta e ver tudo igual. Cansa de dizer que "vai fazer" e não sair do lugar. Cansa de não entender porque você, mesmo com tudo na mão pra caminhar, prefere ficar preso à dores e vestígios de passados mal acabados que não valem a pena. Eu cansei. Estacionei minha vida. Tive motivos, eu sei. Mas já passou, não dá pra ficar a vida toda dentro de um buraco com medo do sol. Me decepcionei comigo. Eu um dia tive todas as cores, todo amor, vários sorrisos, e uma porção de boas histórias pra contar. E hoje, o que eu tenho? Não sei. As cores ainda me acompanham, bem fracas, só uma reluz, o branco, esse que me impulsiona a escrever. Os sorrisos? Deles já falei. E as histórias? Essas são tristes, mas vou escrevê-las num tom arco-íris. Afinal, o que me falta, né? Só levantar, está tudo aqui, na minha mão. Só preciso de prumo, de direção. Alias, não preciso de direção, sem direção é mais gostoso, ir onde o vento levar.

Que me perdoem os amigos e amantes do passado aos quais me prendi, que me perdoem as lembranças que tentei guardar e não consegui, que me perdoem os sentimentos que magoei e que eu me perdoe por me deixar ser magoado. Que me perdoem algumas pessoas que não vao entender a decisões que eu vou tomar, e que as decisoes me perdoem também. Jogo tudo isso ao vento. Agora.

É isso, vou voar."

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

:)

E sentados num banco à meia luz da noite pouco estrelada, em frente ao mar, ele a encarou com seus olhos (arrebatadores) e perguntou:

- Se pudesse, voce mudaria algo em mim?
Olhando no fundo dos mesmos olhos ela respondeu:
-Não, amo voce exatamente como é. E voce, mudaria algo em mim?

-Sim, tua casa.
[As ondas pararam, e foi a parte mais linda do meu verão.]

..2 meses ♥

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

00:52

quando ele me dá beijo na testa eu sorrio meu sorriso mais largo. :)


"em francês 'amour' significa o par de meias macias que um estende ao outro ao perceber que seus pezinhos estão esfriando."


quero meu parzinho de meias macias agora.